Fórmula exaurida e temas repetidos afetam “Encontro com Fátima Bernardes”, que enfrenta problema de audiência na Globo

Atualizado em 27 de novembro de 2018 às 9:02
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Confira motivos que provam que o “Encontro com Fátima Bernardes” já deu

Reginaldo Junior no iG Gente informa que, no ar desde 2012, o “Encontro com Fátima Bernardes” chegou à programação matinal da Rede Globo para rivalizar com o “Hoje em Dia”, da Record TV , e os variantes da Rede TV e Band . No entanto, com o passar dos anos parece que o programa perdeu a mão.

Tradicionalmente apresentado pela ex-mulher de William Bonner, o “Encontro com Fátima Bernardes” iniciou sua jornada revolucionando a televisão brasileira, colocando drag queens em horário livre, falando sobre assédio no trabalho às claras, racismo e muito mais.

Porém, antes mesmo de completar uma década de exibição, a revista eletrônica vem declinando em pontos variados e frequentemente deixando a desejar no horário matinal.

Levando em relação que o “Encontro” é uma atração de variedade diária, ele exige reformulação e atualização constante. No entanto, com o tempo, apenas os cenários mudaram e os temas tornaram-se repetitivos. Claro, é sempre importante, “bater na mesma tecla” e relembrar a importância dos assuntos. Porém, para se ter noção, só no ano de 2018 a atração falou sobre refugiados em janeiro, abril, setembro e outubro.

Sabemos que assédio verbal ou sexual é um terror que atinge inúmeros homens e, principalmente, mulheres. Porém, dos 12 meses do ano, o programa da Globo abordou o tema seis vezes – em janeiro, maio, agosto, setembro, outubro e novembro. Temas como machismo, desconstrução social, homofobia, problemas em relacionamentos também se repetem em números similares, ora menores, ora maiores.

É compreensível que tratando de temas delicados em um horário classificado como livre, a revista eletrônica “pise em ovos” em seu circuito de discussão. No entanto, a defasagem que alguns assuntos sofrem ao não serem abordados com profundidade dá vazão para que as pessoas o compreendam mal, ou pior, desliguem a televisão entendendo menos do assunto. Um exemplo claro disto são as múltiplas sexualidades. É necessária toda uma didática para exemplificar um pansexual, um demissexual e até o poliamor sem que tudo pareça, vulgarmente dizendo, uma “suruba”.