O notório Allan dos Santos divulgou em sua conta no Twitter uma foto que mostra o jornalista Octávio Guedes, que é da Globonews e foi diretor de redação do Extra, em uma mesa de restaurante com o procurador geral de justiça do Rio, Eduardo Gussen. Diz o bolsominion:
“É a Rede Globo unida com o Ministério Público do Rio de Janeiro!!! Será que agora ficou claro que existe um complô contra o BOLSONARO??? Convoco todos os bolsanarianos para viralizar a reunião acima entre o jornalista da Globo e chefe do MP do Rio. Estamos em guerra contra a Globo.”
A foto tem circulado pelas redes sociais, acompanhada desse mesmo texto – o que faz parecer o resultado de uma ação organizada.
Há um milhão de motivos para se criticar a Globo, mas nunca pelo exercício efetivo do jornalismo.
Guedes aparece com caneta na mão, provavelmente anotando alguma declaração ou informação, no papel de repórter, uma atividade regular, adequada e necessária para a sociedade.
O que está fora de lugar ali é quem fez a foto.
Percebe-se que ela tem qualidade, não é o registro fotográfico de um curioso, feito com celular.
Quem tirou essa fotografia? Com que propósito? O procurador geral de justiça estaria sendo monitorado?
É grave, e indica que o submundo que sustenta Bolsonaro, seja a rede de milicianos ou de fabricantes de fake new, representa uma ameaça muito mais grave ao que restou da democracia brasileira do que se poderia imaginar.
Mais grave é se esta foto tiver sido feita por arapongas oficiais. Nesse caso, ninguém mais está protegido. Nem o procurador geral de justiça, nem você, nem eu.
Há uma ameaça ao estado democrático de direito que precisa ser contida. Há que se impor limites a quem não tem nenhum compromisso com a Constituição.
O Brasil não pode ser governado por quem estimula ou até promove ações típicas de milicianos ou similares.