Se sustentando em sua pré-campanha com discursos contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral, apontando supostas fraudes nas eleições dos últimos anos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve mais um de seus esforços sobre o assunto derrotados nesta semana.
Para sustentar os discursos de fraude do presidente, o PL de Valdemar Costa Neto procurou empresas de auditoria dentro e fora do Brasil para poder apurar e comprovar o que era dito por Bolsonaro. Apesar de não existirem problemas para orçamento, ninguém sério nesse mercado de auditagem quis associar a imagem do seu negócio ao projeto do presidente de fiscalização paralela da eleição no Brasil, como revela a Veja.
Com isso, no início de junho deste ano, o PL encontrou o Instituto Voto Legal que aceitou a proposta para realizar a auditoria das eleições no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por um contrato de R$ 1,3 milhão de reais. Entretanto, o projeto sequer conseguiu se sustentar e acabou nesta semana.
Para se credenciar ao TSE, a empresa contratada precisaria atender a vários requisitos, como ter mais de dez anos de experiência na área, coisa que o instituto, segundo fontes da campanha de Bolsonaro, não tem. Ou seja, o contrato não será assinado, e por mais que o presidente tente falar com embaixadores sobre o tópico, não terá uma empresa privada para fiscalizar as eleições.