A operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta (3) contra esquema de falsificação de informações em carteiras de vacinação teve 16 alvos de busca e apreensão. A operação mira diversos aliados de Bolsonaro, além de servidores e políticos do Rio de Janeiro.
A PF aponta que os suspeitos inseriram dados vacinais falsos sobre Covid-19 em dois sistemas do Ministério da Saúde. Investigadores acreditam que o objetivo era emitir certificados fraudulentos de imunização para burlar restrições sanitárias. Os documentos teriam sido usados para a entrada de comitivas do governo Bolsonaro nos Estados Unidos.
Veja a lista dos alvos da PF:
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República
- Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
- Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid
- Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal pelo MDB-RJ
- Luís Marcos dos Reis, sargento do Exército, ex-integrante da equipe de Mauro Cid
- Farley Vinicius Alcântara, médico que teria envolvimento no esquema
- João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ)
- Max Guilherme Machado de Moura, segurança de Bolsonaro
- Sergio Rocha Cordeiro, segurança de Bolsonaro
- Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro
- Eduardo Crespo Alves, militar
- Marcello Moraes Siciliano, ex-vereador do RJ
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022
- Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias
- Claudia Helena Acosta Rodrigues Da Silva
- Marcelo Fernandes de Holand
Entre eles, seis foram presos: Cid, Max Guilherme, Sérgio Cordeiro, João Carlos de Sousa Brecha, Luís Marcos e Ailton Barros.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores. A PF diz que as informações falsas nos registros serviria para “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.