Fraude em vacinas de Bolsonaro: PF vai pedir novo inquérito focado em Duque de Caxias (RJ)

Atualizado em 4 de julho de 2024 às 10:43
Jair Bolsonaro e Washington Reis — Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) está prestes a requerer ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um novo inquérito focado nas suspeitas de fraudes em cartões de vacinação em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, de acordo com o Blog da Camila Bomfim, do G1.

Novas informações adicionadas à investigação em curso, iniciada após suspeitas envolvendo os cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, levaram a PF a concluir que o esquema é mais abrangente do que inicialmente imaginado.

Por isso, as investigações demandam um foco e aprofundamento intensificados. O pedido será incluído no próximo relatório do inquérito das vacinas, que a PF pretende encaminhar ao STF em breve.

Hoje, a PF está realizando buscas em endereços ligados ao ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB-RJ), e à atual secretária de Saúde do município, Célia Serrano. Washington é apontado como um dos beneficiários do suposto esquema de fraudes.

O bolsonarista, que foi prefeito de Duque de Caxias na Baixada Fluminense, é acusado de facilitar a inserção de dados falsos nas cadernetas de vacinação do ex-chefe do Executivo, do tenente-coronel Mauro Cid e da família Reis.

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Washington Reis ao lado de Flávio e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

De acordo com a PF, os registros fraudulentos nos sistemas do Ministério da Saúde eram coordenados pelo então secretário municipal de governo de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, nomeado por Reis. Além de prefeito, Brecha já ocupou cargos como vereador, deputado estadual por três vezes e deputado federal por dois mandatos.

Vale destacar que Bolsonaro foi indiciado neste caso em março, porém a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou à PF diligências adicionais antes de considerar uma possível denúncia.

Nas buscas realizadas hoje, o ex-capitão não é alvo específico, mas permanece mencionado no inquérito como um dos possíveis beneficiários do esquema. A PF suspeita que haja muitos outros nomes envolvidos.

As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, em resposta a pedido da PGR como parte do aprofundamento das investigações.

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