Está custando caro ao deputado bolsonarista Frederico D´Ávila (PSL-SP) ter chamado o Papa Francisco e o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, de ‘safados e pedófilos’, em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo. Após o presidente pedir desculpas em público em nome dos parlamentares, o Conselho de Ética da Casa foi além: suspendeu o mandato do deputado por três meses, sem direito a vencimentos e mordomias.
Obvio que houve resistência à punição do bolsonarista. O ex-tucano Barros Munhoz, hoje no PSD, tentou amenizar e apenas advertir o parlamentar, mas acabou derrotado: por seis votos a quatro a Comissão selou o destino de Frederico nos próximos três meses.
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As agressões e acusações contra os líderes da Igreja Católica foram feitas após o feriado de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro.
Durante a celebração religiosa o arcebispo Dom Orlando Brandes defendeu a vacinação e criticou a política armamentista do governo Bolsonaro.
Em reação às colocações do religioso, o deputado usou o púlpito da Assembleia para desferir acusações levianas e ofensas à CNBB, ao Arcebispo e ao Papa Francisco.
Punição
Apesar das tentativas de impunidade à falta de decoro praticada por rederico, a Comissão de Ética aprovou a punição de suspensão do deputado apresentada pelo deputado Enio Tatto e a relatora deputada Marina Helu.
A decisão desta segunda-feira, 21 de fevereiro, será levada para aprovação no plenário da Alesp.
Assista o vídeo: