Michel Temer passará para a história, entre outras coisas, como um sujeito inventivo.
Ele é responsável por uma inovação na política brasileira: o desconvite a um ministro.
Segundo a TV Globo, Michel se reuniu na tarde desta terça, dia 9, no Palácio do Planalto, com a deputada Cristiane Brasil, do PTB.
A conversa ocorreu depois que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região negou o recurso apresentado pelo governo federal que tentava derrubar a suspensão da posse da filha de Roberto Jefferson — que também participou da audiência.
Temer quer convencer Cristiane a desistir de assumir o Ministério do Trabalho.
Cristiane foi alvo de uma ação popular, que levou à suspensão de sua posse, movida após a notícia de que ela foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas com dois ex-motoristas.
Os homens eram obrigados a jornadas diárias de mais de 15 horas por dia sem carteira assinada.
É como colocar o Maníaco do Parque na pasta dos Direitos Humanos.
Temer sabia quem era Cristiane e o pai dela. Touxe a crise para dentro do Planalto e agora acha que vai se livrar na caruda da bandidagem.
Ficou na mão dela e de papai.
Michel foi vendido, ao longo do impeachment, como um gênio da articulação, hábil, afável e inteligente — a antítese de Dilma.
Elio Gaspari, entre outros cronistas, o definiu como “experiente, frio”, e conhecedor do “lado do avesso de Brasília”.
Está-se vendo o grau de vagabundagem.
Sendo Roberto Jefferson quem é, uma coisa é certa: quer Cristiane fique, quer ela saia, o preço vai ser alto e quem pagará é você.