Fuad Noman (PSD) venceu a eleição para prefeito de Belo Horizonte neste domingo (27), conquistando o segundo turno com 53,76% dos votos válidos (643.074 votos), superando o candidato bolsonarista Bruno Engler (PL), que obteve 46,25% (562.495 votos). Aos 77 anos, o prefeito reeleito, que contará com Álvaro Damião (União Brasil) como vice, reafirmou seu compromisso com a capital mineira, prometendo mais quatro anos de dedicação e melhorias.
Noman agradeceu aos eleitores em uma publicação no Instagram: “O trabalho venceu! Agradeço imensamente a todos que acreditaram, caminharam junto, e depositaram sua confiança em nós. Vamos trabalhar mais quatro anos para fazer de BH uma cidade melhor para todos!”, escreveu o prefeito.
Economista, Fuad Noman traz uma longa trajetória no setor público. Ex-secretário do governo de Minas Gerais, ele também atuou como consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e exerceu cargos durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2022, assumiu a prefeitura de Belo Horizonte após a saída de Alexandre Kalil (Republicanos), que renunciou ao cargo para concorrer ao governo do estado.
Durante o primeiro mandato de Kalil (2017-2020), Noman foi secretário da Fazenda de Belo Horizonte, e posteriormente, assumiu o posto de vice-prefeito, eventualmente herdando a chefia do executivo municipal. Sua reeleição representa também o apoio de uma frente de esquerda, formada por nomes como o presidente Lula (PT), Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT).
A pesquisa de opinião de 2023, realizada pelo Instituto Opus, destaca que os principais problemas a serem enfrentados na cidade incluem saúde (com 26% das reclamações dos entrevistados), transporte público (23%), problemas na pavimentação (4%) e trânsito (2%). Segundo Fuad, sua gestão será focada em aprimorar a infraestrutura e os serviços essenciais, com especial atenção para o sistema de saúde e a mobilidade urbana.
Após liderar o primeiro turno com 435.853 votos (34,38%), Bruno Engler entrou no segundo turno com apoio de Jair Bolsonaro (PL), mas sem explorar a imagem do ex-presidente na campanha. Engler buscou endossar sua candidatura com a popularidade do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Noman, por outro lado, recebeu o reforço de figuras como Lula e ministros de seu governo, além de alianças construídas com partidos de esquerda.