Fuga de lancha é mais um indício de que o Brasil “foi alvo de um sequestro”, diz Jamil Chade

Atualizado em 29 de janeiro de 2024 às 12:21
Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro. Foto: Reprodução

A fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos de lancha em Angra dos Reis (RJ) é mais um indício de que o Brasil “foi alvo de um sequestro”, segundo Jamil Chade, colunista do portal UOL. O vereador Carlos Bolsonaro foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal nesta segunda (29) e fugiu com os irmãos e o pai.

“Ao longo de quatro anos, ficou evidente que decisões e comportamentos de autoridades não estavam interessados em assegurar a proteção de seus cidadãos. E sim de seu clã. Era uma estratégia de poder, distante de qualquer princípio republicano ou democrático”, afirma Jamil Chade.

Ele cita a condução da pandemia de Covid-19 durante o governo Bolsonaro, os ataques contra a imprensa, as ameaças golpistas e o perdão às multas ambientais como “abuso de poder” e afirma que, “se confirmadas as suspeitas sobre a Abin, constatamos que o Brasil foi alvo de um sequestro”.

“Se o 8 de Janeiro representou uma ameaça real, os indícios apontam que a morte da democracia ocorria nos computadores de um serviço paralelo do Estado”, prossegue.

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O colunista avalia que o Brasil foi alvo de “golpes diários” com a restrição do acesso à informação, com os cortes no orçamento para serviços públicos e com a tentativa deliberada de desmontar órgãos de fiscalização.

“Eles não esperaram pelos tanques para ensaiar um golpe. No topo do morro e antes do sol nascer por completo, eram os contornos dos coveiros com suas inchadas cavando os fossos da nossa liberdade que podiam ser avistados”, aponta.

O colunista avalia que investigar e punir os envolvidos nessa iniciativa golpista de sequestrar o Estado “não é uma opção”, mas “a única garantia de sobrevivência da democracia”.

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