O fundador e CEO da OceanGate, Stockton Rush, já admitiu que “quebrou algumas regras” para fazer o submarino visitar os destroços do Titanic. Em entrevista no ano passado, o empresário disse que o projeto do submersível não era convencional e era diferente de todas as outras que já fizeram um passeio ao naufrágio.
“Eu quebrei mesmo algumas regras. Mas acho que as quebrei com lógica e boa engenharia. Tem uma regra que diz para não misturar fibra de carbono e titânio, bom, eu misturei”, afirmou Rush. O submarino não tinha formato esférico, o que o difere de outras embarcações, e não era feito de titânio, metal ultra-resistente.
O sumbersível tinha formato cilíndrico e era feito de fibra de carbono, material mais leve e mais barato que o titânio. Por ser feito dessa forma, ele acomodava o piloto e mais quatro passageiros, enquanto outros levam somente duas pessoas.
O Titan foi projetado em 2018 e especialistas já alertaram a OceanGate que ela não segue normas internacionais, o que poderia sofrer um fim catastrófico. O cientista marinho Gregory Stone foi um deles e disse que Rush estava arriscando a vida ao tentar avançar a tecnologia para fazer submarinos maiores irem mais fundo.
O submarino fez 14 viagens com turistas aos destroços do Titanic entre 2021 e 2022. Na última, a câmara de pressão de fibra de carbono acabou implodindo e matando cinco pessoas: o empresário britânico Hamish Harding, o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, o CEO e fundador da OceanGate Stockton Rush, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman Dawood.