A Polícia do Distrito Federal registrou 73 ocorrências desde a instalação até a desmobilização do acampamento golpista montado por terroristas em frente ao QG do Exército em Brasília. Entre as ocorrências estão casos de furto, crime contra a honra, lesão corporal, danos ao patrimônio e acidente de trânsito com vítima.
A informação consta no relatório de intervenção sobre os atos terroristas apresentado na sexta-feira (27) por Ricardo Cappelli ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo o relatório, no período entre 1 de novembro de 2022 e 9 de janeiro de 2023, foram 19 furtos, 20 crimes contra a honra, 13 por lesão corporal e vias de fato, 11 por dano, um por ato obsceno, além de outros não especificados.
O interventor federal atribuiu “centralidade” aos golpistas do QG nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo Cappelli, o acampamento era um ambiente “onde circularam criminosos”, e eventos como a tentativa de explosão de bomba e bloqueio de aeroporto passaram “de uma forma ou de outra” pelo local.
O relatório, que tem mais de 60 páginas, 17 anexos e um arquivo com imagens das câmeras de segurança do entorno da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes, foi divulgado pelo Ministério da Justiça.