Furto de metralhadoras: diretor do Arsenal de Guerra será exonerado, diz general

Atualizado em 19 de outubro de 2023 às 19:57
General Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste do Exército, durante coletiva de imprensa. Foto: Reprodução/TV Globo

O diretor do Arsenal de Guerra em São Paulo será expulso do Exército após o furto de 21 metralhadoras de quartel em Barueri (SP). O chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, general de Brigada Maurício Vieira Gama, anunciou a expulsão nesta quinta (19).

“O Exército considera esse episódio inaceitável e não medirá esforços para responsabilizar os autores e recuperar todo o armamento no mais curto prazo. Tudo está sendo investigado, e os ilícitos e desvios de conduta serão responsabilizados nos rigores da lei”, afirmou.

Segundo o general, há militares envolvidos no desvio e seus nomes serão mantidos em sigilo. Ele também afirmou que os temporários serão expulsos e os de carreira vão ser submetidos a conselho de justificação ou disciplina, caso haja comprovação da participação deles no crime.

Gama também relatou que todos os processos da organização militares estão sendo revistos e que os militares que tenham encargo de fiscalização e controle poderão ser responsabilizados na esfera administrativa e disciplinar.

Metralhadora calibre 50 similar às furtadas do Exército. Reprodução/TV Globo

Ele aponta que “a linha de investigação mais provável é a de que as armas foram desviadas mediante furto com participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo”. O Exército investiga se ao menos três militares do quartel de Barueri participaram do furto a pedido de facções.

Nesta quinta, 8 das 21 metralhadoras foram recuperadas na Zona Oeste do Rio pela Polícia Civil. A apreensão foi feita pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

O general relatou que o armamento é verificado diariamente, mas que a última conferência oficial antes do furto ocorreu em 6 de setembro, mais de um mês antes da ocorrência.

“Essas armas ficam numa reserva de armamento, por serem inservíveis, essa reserva é lacrada e é conferido diariamente esse lacre. Houve, no dia 10 de outubro, a verificação de uma possibilidade de ter um arrombamento ali, de uma troca de cadeado, e era possível forçar a porta para poder entrar. Além do cadeado, havia um lacre nessa reserva. O que realmente ocorreu foi que o lacre foi substituído, mas também o cadeado”, conta.

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