Gabriel Monteiro (PL) afirmou, em depoimento concedido ao Conselho da Câmara dos Vereadores, que tem o hábito de filmar as próprias relações sexuais, de acordo com o relator do processo, vereador Chico Alencar (PSOL). Segundo Alencar, as gravações serviam como um tipo de precaução.
“Ele disse que gravava as relações para se precaver de futuras acusações de estupro e que não vê problema algum nisso”, disse Alencar.
Já segundo Alexandre Isquierdo, presidente do Conselho de Ética, Gabriel Monteiro insistiu na versão de que não sabia que a adolescente com quem se relacionava era menor de idade e não conseguiu esconder a emoção ao falar sobre o assunto.
“O vereador se defendeu de forma muito específica em seu depoimento. Ele disse que no vídeo de sexo, a menor omitiu a idade. Ele se emocionou falando da situação, disse que durante todo o relacionamento, se sentiu enganado”, relatou.
Porém, o relator do processo destacou que as provas contradizem o parlamentar no que diz respeito à idade da jovem. “Ele nega ciência da idade da menina, mas o Ministério Público diz ter elementos que confirmam que ele tinha, sim, conhecimento. Tanto que ele foi indiciado”, ressaltou Alencar.
Após seu depoimento, Gabriel Monteiro deixou o local sem atender a imprensa e seguiu para uma votação no plenário. Sandro Figueiredo, advogado do vereador, afirmou que seu cliente foi “claro, objetivo e conciso”, de acordo com o portal Metrópoles.