O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, usou o termo “golpista” para se referir aos bolsonaristas condenados pelos atos de 8 de janeiro, mas se retratou após a repercussão negativa entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em comunicado oficial do partido, ele explicou: “Essa expressão foi mencionada pelos repórteres durante a conversa, razão pela qual a utilizei, mas que não reflete minha opinião pessoal sobre o que aconteceu naquele dia.”
Durante entrevista na GloboNews, a jornalista Andréia Sadi perguntou a Valdemar até que ponto o projeto de lei para anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, que será votado nesta terça-feira (29), está relacionado ao apoio do PL, a maior bancada da Câmara, a um candidato para suceder Arthur Lira (PP-PI) na presidência da Casa.
Costa Neto respondeu: “Eu entendo que não há como incluir o (Jair) Bolsonaro. Seria só aos golpistas. O processo do Bolsonaro nem foi julgado ainda.”
Nos perfis oficiais do PL, o partido descreve os eventos de 8 de janeiro de 2023, promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, como uma ação “desordenada” que levou a condenações “desproporcionais.”
Valdemar Costa Neto reforçou sua posição, afirmando: “Analisando minha fala, é evidente que não acredito que os eventos de 8 de janeiro tenham se configurado como um golpe de Estado. Na verdade, considero que foram ações desordenadas que, infelizmente, resultaram em condenações severas, chegando a 17 anos de prisão, o que enfatizei durante a entrevista como sendo extremamente desproporcional. Peço desculpas pelo equívoco gerado.”
Confira:
— Partido Liberal – PL 22 (@plnacional_) October 28, 2024