Um novo catatau com retratos inéditos da intimidade de John, Paul, George e Ringo.
Existem fotógrafos de rock e existe Henry Grossman.
Entre 1964 e 1969, Grossman teve acesso exclusivo à intimidade dos Beatles. O novaiorquino os conheceu nos bastidores do célebre show de Ed Sullivan. Tornou-se amigo dos Fabs e contratado para retratar os bastidores de Help.
Daí em diante, não parou de retratá-los. Em casa, com a família e amigos, no estúdio, tomando café da manhã, jogando pôquer, descansando na piscina, dormindo ou fazendo nada.
Um pouco mais velho que John, Paul, George e Ringo, Grossman gostava mais deles do que de sua música. “Eu não entendia de rock”, diz ele. Talvez isso tenha ajudado a criar um vinculo – por que os Beatles precisariam de mais um puxa-saco repetindo que eles eram gênios?
Foram mais de 6 mil fotografias dos Beatles, a grande maioria descartadas – até agora. Grossman acaba de lançar um livro de 528 páginas, chamado “Places I remember: My Time With the Beatles” (“Lugares de que me lembro: meu tempo com os Beatles). É um catatau que pesa 6 quilos e custa 495 dólares (a cópia autografada sai por 795). Você pode encomendar aqui.
“Eles estavam acostumados a me ver com a câmera, documentando tudo o que acontecia ao redor”, conta. “Mais do que qualquer coisa, eu me tornei um amigo. Então, quando ia fotografar, ninguém pensava duas vezes. Ninguém se importava. Não era visto como invasivo”.
As fotos são de uma era anterior à nossa, em que popstars e celebridades de segunda linha fazem poses ridículas para a Caras ou a Contigo, “abrindo” suas casas de maneira falsa e patética. Para quem gosta de retratos, é uma aula. Para quem gosta dos Beatles, é mais um motivo para folhear, colocar tudo de novo para tocar e lembrar que eles,antes de qualquer coisa, foram quatro jovens compadres que se divertiram muito na companhia uns dos outros – enquanto trabalhavam, ficavam ricos e se tornavam, ainda sem saber ao certo, a maior banda de todos os tempos.