Garimpeiros resistem e invasão da Terra Yanomami continua

Atualizado em 11 de fevereiro de 2023 às 15:21
Garimpo ameaça indígenas isolados em área Yanomami — Foto: Leo Otero/Ministério dos Povos indígenas
Garimpo ameaça indígenas isolados em área Yanomami — Foto: Leo Otero/Ministério dos Povos indígenas

Um fluxo de embarcações de garimpeiros com combustível e mantimentos entrando na Terra Yanomami foi identificado pelas equipes do Ibama, o que é um indicativo da continuidade da atividade de exploração de ouro e cassiterita, apesar as ações para que o garimpo ilegal termine.

Agentes do órgão ambiental federal ainda constataram a presença de grupos de invasores armados dispostos a resistir e a enfrentar forças de segurança que passaram a operar para destruição de aeronaves e maquinários e para a retirada de garimpeiros.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a continuidade do fluxo de invasores na Terra Yanomami e a disposição da violência dão uma ideia do tamanho e da complexidade do problema que significa o garimpo ilegal na área indígena, algo que contou com a conivência e o estímulo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Eu nunca vi uma destruição tão grande e tanta gente envolvida em crime ambiental. Esses 15 mil, 20 mil garimpeiros equivalem à população de uma cidade pequena”, disse Givanildo dos Santos Lima, coordenador das ações de fiscalização do Ibama na Terra Yanomami.

Carcaças de aviões e helicópteros do garimpo estão apreendidos na superintendência da Polícia Federal, em Boa Vista. O centro de comando e controle foi instalado na sede do local, com o objetivo de planejar a chamada Operação Libertação, que reúne Ibama, Polícia Federal, Funai, Força Nacional de Segurança Pública e Ministério da Defesa.

As primeiras ações na reserva foram executadas na segunda-feira (6) e na terça-feira (7), quando agentes do Ibama destruíram aeronaves e maquinários, e apreenderam mantimentos transportados por garimpeiros. Outra ação foi realizada na sexta-feira (10).

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