Se as refinarias da Petrobras, que fazem parte do plano de desestatização, já tivessem sido privatizadas, elas estariam vendendo a gasolina por um preço 19% mais alto do que o atual. O diesel S-10 custaria 12% acima do valor cobrado hoje. Os dados são do Observatório Nacional da Petrobras (OSP), que fez a projeção.
Os números ainda apontam que a média da diferença do preço da gasolina e do diesel ao longo deste ano, entre janeiro e maio, seria de 7% a 12%, respectivamente. A projeção mostra ainda que a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus (AM), cobraria R$ 0,65 a mais pela gasolina e R$ 0,86 a mais pelo diesel, caso já fosse privada.
A Refinaria Gabriel Passos (Regap), de Betim (MG), teria a maior alta entre as refinarias privadas. Cobraria R$ 4,86, R$ 0,92 a mais do que é pago hoje (R$ 3,94). Já o diesel teria um aumento de R$ 1,22, passando de R$ 5,04 para R$ 6,26.
O menor valor estaria na Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), em Guamaré (RN). O litro seria negociado a R$ 4,37, R$ 0,61 a mais do que o que é cobrado hoje. A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca (PE), teria o menor aumento no diesel com a privatização: sairia de R$ 4,80 para R$ 5,60.
Em março deste ano, Jair Bolsonaro voltou a falar sobre uma possível privatização da Petrobras. O presidente afirmou que a estatal “poderia ser privatizada hoje”.
O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, prometeu nesta quinta (12) que seu primeiro ato como titular da pasta será enviar ao presidente uma solicitação formal para que sejam iniciados os estudos para a privatização da estatal.
“Em meu primeiro ato como ministro de Minas e Energia está a solicitação formal para que se iniciem os estudos que visam o processo de desestatização da PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.) e da Petrobras”, afirmou.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou que o aumento da gasolina bateu novo recorde. O valor médio do combustível saltou de R$ 7,295 para R$ 7,298. O diesel, por sua vez, avançou de R$ 6,630 para R$ 6,847.