No Oriente Médio, voltam a viver-se momentos de grande tensão e violência. Nesta sexta-feira, ataques levados a cabo por israelitas na Faixa de Gaza provocaram 10 mortes, incluindo a de uma criança de 5 anos, e 55 feridos, de acordo com as autoridades palestinas. Já as Forças Armadas de Israel falam em 15 mortos. Uma das vítimas confirmadas é Taysir al-Jabari, comandante da Jihad Islâmica.
Os ataques de Israel teriam começado devido a rumores de potenciais ações armadas de retaliação por parte da Jihad Islâmica, após a detenção na segunda-feira de um dos seus líderes.
Neste sábado, prosseguem os ataques de ambas as partes no enclave palestiniano. As forças israelitas já disseram mesmo que a operação que estão a levar a cabo, denominada Amanecer, poderá vir a durar uma semana.
Para além disso, segundo disse um porta-voz militar israelita, citado pela agência France-Presse, Israel “não está a levar a cabo negociações de cessar-fogo“. Estas informações acontecem após relatos de que o Egito pretenderia ajudar a mediar o conflito.
O movimento palestiniano Hamas mantém-se, por enquanto, à margem do conflito, mas já veio a público condenar a conduta de Israel, dizendo que os israelitas estão “novamente cometendo crimes”.
Entretanto, as autoridades israelitas disseram que prenderam 19 membros da Jihad Islâmica na Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967.
A situação em Gaza é cada vez mais complicada e agravou-se com a suspensão, desde terça-feira, da única central elétrica da região, devido ao bloqueio das entradas do enclave por parte de Israel que já temia uma resposta por parte da Jihad Islâmica.
O confronto das últimas horas configura-se como a maior escalada de violência desde o conflito de Maio de 2021 na região, que provocou mais de 200 mortos, entre israelitas e palestinos.
UE pede contenção às partes em conflito
A União Europeia já se pronunciou sobre o atual conflito em Gaza e pediu contenção às partes discordantes.
“Apesar de Israel ter o direito de proteger a sua população civil, deve fazer tudo para evitar um conflito maior que, em primeiro lugar, afetaria as populações civis de ambos os lados e causaria mais vítimas e mais sofrimento”, defendeu o Serviço de Ação Externa da UE, num comunicado divulgado este sábado.