É tanto despreparo que você não pode deixar de ver esse vídeo protagonizado pelo general Ramos.
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São 24 segundos da mais pura bobagem, mesclada com bravatas sem sentido e blefes. Mas, afinal, apesar de assegurar ter a certeza da vitória de Bolsonaro, confirmou que em 2022 teremos eleições.
Luiz Ramos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, ganhou o estrelato na política quando seu apelido veio à tona: Maria Fofoca. Imagina só.
Acabou escanteado da Casa Civil por Bolsonaro para dar lugar a Ciro Nogueira, cacique do centrão. Agora assina o ponto na Secretaria-Geral da Presidência.
Eis a tropa que carrega e fala pelo “mito”. Acredite se quiser.
Esta semana, estive na Câmara Federal e um parlamentar me questionou se eu acho que vai ter eleição ano que vem. Veja aqui ?minha resposta: pic.twitter.com/qbDh8sydPe
— General Ramos (@GenLuizRamos) August 21, 2021
Bolsonaro e general Ramos no lixo da História
Nesta semana Gilberto Kassab, após almoço com deputados, pôs em dúvida a capacidade de Bolsonaro conquistar a reeleição.
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“Se bobear, nem disputa”, disse o presidente nacional do PSD, que tem a quarta maior bancada na câmara dos deputados. “Não está montando palanque regional, não está se preparando. Só sabe fazer polêmica”.
Lula, que está no Nordeste costurando acordos, é quem está se aproveitando da situação.
O ex-presidente está falando inclusive com lideranças da base bolsonarista.
Faz uma análise objetiva da conjuntura.
“Bolsonaro é ingovernável”, disse à Folha. “Ele não é razoável do ponto de vista psicológico. Ele é muito difícil. Ele não respeita as pessoas que conversam com ele, não se dirige a ninguém”.
Ou melhor: o genocida é uma besta quadrada. E nem o centrão vai querer ficar ao lado dele em 2022.
“Qualquer partido do centrão vai querer saber o seguinte: quem é que vai dar voto para mim no meu estado e na minha cidade? E ele vai optar por aquelas pessoas [que darão voto] como optaram por Bolsonaro em 2018”.
Lula aposta que muitos irão abandonar o barco em alto mar para tentar se salvar.
A definição do ex-presidente é acachapante.
“Quem gosta de democracia vem para o lado daqui e quem quiser ser fascista se juntará ao lado de lá.”
Basta ver o que está acontecendo na CPI da Covid. De um lado estão não a esquerda petista, mas sim a centro-direita com Omar Azis, Randolfe Rodrigues e Renana Calheiros, para ficar apenas nesses três.
Os ‘zumbis’ Luis Carlos Heinze, Jorginho Mello, Marcos Rogério e Eduardo Girão compõem a base da tropa de choque bolsonarista. Personagens menores, despreparados que passam e envergonham o Brasil com teses estapafúrdias.
Bolsonaro, general Ramos e o militares
É pouco? Então pense nos militares, base importante de sustentação do governo.
Tirando a corrupção e as atrapalhadas, basta ver a opinião da sociedade sobre os militares.
Uma pesquisa dessa semana revela que 52% dos brasileiros consideram a presença deles na política “ruim” para o Brasil. Crescimento de 7 pontos percentuais a mais em relação ao levantamento anterior, realizado no final de abril.
Lula ainda não terminou o roteiro pelo Nordeste. Ainda vai a Natal e Salvador.
As preparações para 2022 estão só iniciando e, além de perder apoios políticos, Bolsonaro insiste em atacar as instituições – está convocando a população para sair às ruas em 7 de setembro e nesta semana entregou ao Senado o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Isolado, trôpego, com aparência de doente, como relatou Sérgio Reis antes de ser abandonado pelo ‘mito’ ao ver a Polícia Federal bater às suas portas por ameaçar as instituições, Bolsonaro está cada vez mais só.
Um cadáver ambulante cujas cinzas serão varridas para o lixo da história.