Como parar Mbappé? É a pergunta que tirou o sono da comissão técnica argentina nesta madrugada antes da final da Copa do Catar.
A Argentina, com Messi & Cia, vai enfrentar uma França que desponta como favorita e ainda conta com um atleta superdesenvolvido física e emocionalmente: se conquistar seu segundo título mundial seguido daqui a pouco, o francês, de apenas 23 anos, vai se igualar a Pelé, bi-campeão em 58 e 62, e considerado o melhor jogador do século XX, segundo jornalistas e treinadores de todo o mundo numa votação organizada pela FIFA.
Mas o que faz o craque francês ser considerado o melhor jogador do mundo na atualidade? Por que os argentinos temem tanto Mbappé?
São números: em 237 partidas pelo PSG, onde joga ao lado de Messi e Neymar, marcou 190 gols.
É um vencedor implacável: ganhou a Copa de 2018, e de quebra a Liga das Nações da Uefa 2020-21, cinco títulos da Ligue 1 (quatro no PSG, um no Mônaco). E teve ainda 3 Copas da França e 2 Copas da Liga Francesa. Tudo isso com apenas 23 anos.
Filho de ex-atletas – a mãe, Fayza, jogou handebol, e o pai Wilfried, jogou bola, virou treinador e professor num clube no subúrbio francês onde treinou o filho prodígio que desde a primeira infância já apresentava um desenvolvimento cognitivo muito acima das crianças da sua idade: Mbappe andou e falou antes do tempo esperado e, nos primeiros anos de escola, já apresentada uma capacidade incomum para absorver e elaborar informações.
É o atual artilheiro no Catar, com 5 gols, ao lado de Messi.
Com o tento anotado contra a Croácia, na Russia, quatro anos atrás, aos 19, foi comparado a Pelé como o segundo jogador mais jovem da história ao marcar em finais de Copa do Mundo.
Com os 5 gols em 2022, já chacoalhou as redes em 9 oportunidades em Copas, ultrapassando Maradona e Cristiano Ronaldo, que marcaram 8 vezes cada.
É considerado um fenômeno em Copas do Mundo, com diversos recordes quebrados. Uma combinação perfeita de força, velocidade e talento.
Na vitória (3 a 1) contra a Polônia, nas quartas-de-final, numa arrancada atingiu a velocidade de 35,5 km/h, média considerada impressionante.
Seu recorde, atingido na liga francesa, de 36 km/h, ainda não foi superado em 2022 – apenas para efeito de comparação o jamaicano Usain Bolt, recordista mundial dos 100m rasos, chega a 37,58 km/h.
Tanto talento vem contribuindo para engorgar a conta-corrente do craque.
A Forbes aponta que ele lidera a lista dos jogadores mais bem pagos do mundo — e aqui outro recorde: é primeira vez que alguém além de Messi ou Ronaldo é apontado como o número 1 em nove anos.
Seus ganhos a cada temporada são estimados em US$ 128 milhões (R$ 672 milhões).
O craque também é um fenômeno nas redes sociais, com 100 milhões de seguidores no Facebook, Instagram e Twitter.
É solidário e ostenta sensibilidade social de fazer inveja a qualquer craque da seleção canarinho: após vencer a Copa de 2018 anunciou a doação de todo seu salário (380 mil libras, ou R$ 2,4 milhões) a uma instituição de caridade infantil.
Essa é a fera que põe medo na Argentina, logo mais, às 12h, quando a equipe tenta trazer para a America do Sul o tricampeonato.
A questão é: como impedir a cena icônica do francês de braços cruzados deslizando com os joelhos após cada gol anotado?