O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um inquérito nesta sexta-feira (3) contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pela perseguição a mão armada contra um homem negro, um dia antes do segundo turno das eleições em outubro do ano passado, em São Paulo.
Ela é acusada de porte ilegal de arma de fogo, cuja pena é de dois a quatro anos de prisão, e constrangimento ilegal mediante arma de fogo, com previsão de três meses a um ano.
Na ocasião, após desentendimento com um apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Zambelli sacou uma arma e foi atrás do jornalista Luan Araújo, em um cruzamento do bairro Jardins, em São Paulo.
Até então, o caso tramitava no STF na coleta de provas, em que Zambelli chegou a ser ouvida e alegou ter agido em legítima defesa.
Em dezembro, Gilmar Mendes já havia suspendido o porte de arma da deputada, que foi obrigada a entregar a arma às autoridades.
O Ministério Público Federal apresentou nova denúncia contra Zambelli na semana passada. A manifestação ainda não foi analisado pela corte.