Gilmar Mendes diz que Zambelli armazenava um “verdadeiro arsenal”

Atualizado em 3 de janeiro de 2023 às 21:45
Carla Zambelli com arma apontada para o jornalista Luan Araújo Foto: Reprodução

Gilmar Mendes, que autorizou operação de busca e apreensão contra Carla Zambelli, diz que a deputada bolsonarista armazenava um “verdadeiro arsenal”. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) diz que a descoberta foi feita por investigadores. A informação é da CNN Brasil.

O magistrado atendeu a pedido da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que alegou haver “necessidade resguardar a ordem pública diante do tensionamento político vivenciado e da iminente transição pacífica de poder”. O documento foi encaminhado ao Supremo no último dia 30.

“A finalidade da medida cautelar de apreensão de todo o armamento e todas as munições que estejam em poder da parlamentar visa justamente resguardar a ordem pública e a evitar a reiteração de delitos com o uso de arma de fogo, seja em razão do acirramento dos ânimos dos opositores inconformados com a iminente posse do Presidente da República eleito, seja para assegurar a aplicação da lei penal”, escreveu Lindôra.

A vice-procuradora ainda disse que a deputada apresentou “porte para arma específica e está portando outra arma diversa da autorização concedida”. Segundo Gilmar, “a posse e o manejo de armas de fogo pela parlamentar oferecem grave risco para a ordem pública”.

Nesta terça (3), Zambelli foi alvo da Polícia Federal, que apreendeu uma pistola calibre 380 da Taurus, um revólver calibre 38 da marca Rossi e uma pistola calibre 9 mm, da Ruger. Em 27 de dezembro, a deputada já havia entregue para a corporação uma pistola Taurus G3C e um carregador com 12 munições após determinação do magistrado.

“Causa estranheza, como bem salientado pela Procuradoria-Geral da República, que a parlamentar tenha inicialmente se recusado a entregar a pistola ao Departamento de Polícia Federal, alegando que a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal ainda não havia sido publicada e que, tão logo isso ocorresse, seria impugnada por seus advogados”, afirmou Gilmar na decisão mais recente.

Lindôra também pediu para que o Supremo determinasse uma operação em seu gabinete na Câmara dos Deputados, mas o ministro negou, “diante da inexistência de qualquer indício de que os armamentos estejam acautelados no interior do Congresso Nacional”.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link