No sábado (13), a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, defendeu a ministra Nísia Trindade, titular da Saúde, diante das críticas provenientes tanto da base governamental quanto da oposição, principalmente relacionadas à liberação de verbas da pasta.
Hoffmann acusou “grupos políticos ávidos por abocanhar o ministério” de orquestrar intrigas contra a ministra, elogiando sua agilidade na transferência de recursos para estados e municípios, totalizando quase R$ 5 bilhões no final do ano passado.
A contenda entre Nísia e o Congresso teve um novo episódio com a publicação de uma portaria em dezembro, que, na visão de parlamentares, estabeleceu obstáculos para a destinação de recursos extras do antigo orçamento secreto a estados e municípios.
O deputado federal Lindbergh Farias, do PT, também repudiou os ataques à ministra, destacando sua defesa incisiva do Sistema Único de Saúde (SUS) e considerando “ilação absurda” as acusações sobre a nomeação de seu filho.
Além deles, a governadora reeleita do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e o ex-ministro José Dirceu, entre outros, também saíram em defesa da ministra da Saúde.
Começou uma nova onda de ataques contra a ministra @nisia_trindade . Os motivos são os de sempre: a cobiça pelo ministério e as qualidades da ministra como defensora intransigente do SUS. Escrevo, no entanto, sobre um tema específico que tem a ver com meu mandato de deputado…
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) January 13, 2024
Apesar do aumento no peso das emendas no Orçamento da Saúde nos últimos anos, a pressão sobre a ministra persiste. Dados do Planejamento mostram um aumento significativo a partir de 2020, durante o governo Bolsonaro, enquanto o montante destinado a investimentos na Saúde permaneceu praticamente estável. Além disso, Nísia Trindade enfrenta críticas na gestão dos hospitais federais no Rio, com acusações de demora na reabertura de leitos e sucateamento das unidades.
Ministra Nísia Trindade está sendo alvo de intrigas e notícias falsas plantadas na imprensa contra sua gestão, como a que saiu ontem na Folha. Ao contrário do que diz o jornal, ela tornou mais ágil a transferência de verbas para estados e municípios, que aumentaram em quase R$ 5…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 13, 2024
No cenário da esquerda, o deputado federal Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT, classifica a gestão de Nísia como “inoperante e frágil”, destacando a falta de diálogo com o setor público e defendendo sua saída do cargo diante da relevância do governo Lula.
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