Neste domingo (27), Gleisi Hoffmann, presidente do PT, criticou veementemente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por suas declarações que associaram a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A denúncia feita por Tarcísio, de que membros da facção criminosa teriam instruído eleitores a votarem em Boulos, foi classificada por Gleisi como uma “armação rasteira” e uma tentativa de deslegitimar a candidatura do petista e de Marta Suplicy (PT) no dia da eleição.
A polêmica começou quando Tarcísio, ao votar no colégio Miguel Cervantes, na zona sul de São Paulo, afirmou que a administração do estado havia realizado um trabalho de inteligência que revelava a suposta orientação do PCC.
Ele alegou que essas informações haviam sido compartilhadas com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para que medidas cabíveis fossem adotadas. No entanto, o governador não apresentou evidências que corroborassem suas alegações, levantando dúvidas sobre a veracidade de suas declarações.
Gleisi ressaltou que a divulgação dessas informações era um crime grave e um desrespeito aos eleitores. Para ela, essa manobra não apenas caracteriza um crime eleitoral, mas também representa um ataque à integridade dos eleitores que apoiam Boulos e Marta.
Tarcísio deixou pra espalhar na manhã da eleição a maior fakenews de toda a campanha. É um crime dos mais graves a divulgação, pelo governo de São Paulo, de bilhetes apócrifos, tentando associar a campanha de Boulos e Marta a uma facção criminosa. Deixou pra espalhar essa mentira…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) October 27, 2024
Boulos responde Tarcísio de Freitas
Neste domingo (27), o deputado federal e candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), reagiu à declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que afirmou sem apresentar provas que o Primeiro Comando da Capital (PCC) teria orientado o voto no candidato do PSOL. Boulos criticou a fala do governador, insinuando que o candidato apoiado por Tarcísio, Ricardo Nunes (MDB), estaria envolvido com a facção.
“Que vergonha, né. Nada mais a dizer, é o candidato que ele apoia [o prefeito Ricardo Nunes] que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo”, disparou Boulos. Sua resposta faz alusão a investigações anteriores que indicaram a presença do PCC em contratos no sistema de transporte público da cidade, especialmente no setor de ônibus. A fala foi dada logo após Boulos acompanhar sua avó, Dona Cida, para votar, no colégio Objetivo, na avenida Paulista.
O candidato do PSOL foi informado sobre a declaração de Tarcísio ao sair do local de votação. Assessores que o acompanhavam demonstraram indignação com as palavras do governador e prometeram acionar a Justiça em resposta às alegações, que consideram difamatórias e sem fundamentos. A equipe de Boulos classificou a fala como uma tentativa de desviar o foco do apoio do governador a Ricardo Nunes.
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