Neste sábado (9), durante a Conferência Eleitoral de 2024 do Partido dos Trabalhadores (PT), a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann, destacou a necessidade da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.
Em um alerta aos correligionários, Gleisi mencionou que uma eventual queda na popularidade de Lula poderia resultar em graves consequências dentro da Casa, fazendo uma referência ao processo de impeachment sofrido por Dilma Rousseff em 2016.
“Precisamos ter recursos, precisamos ter a parte do crescimento econômico como uma meta e um mantra nosso. Gente, se cair a popularidade do presidente Lula, vocês não tem dúvida sobre o que o Congresso Nacional pode fazer. Fizeram com Dilma. Se acontecer qualquer problema, esse Congresso engole a gente” afirmou a líder do partido.
O evento, que contou com a presença de ministros e membros do partido, concentrou-se também no desempenho econômico do Brasil, elogiado por Gleisi até o momento como “bom”. A presidente do PT ressaltou a importância de manter um foco estratégico no crescimento econômico como meta prioritária.
Na quinta-feira, uma pesquisa do Ipec indicou que 38% dos entrevistados avaliam o governo como “ótimo ou bom”. Os índices de classificações “regular” e “ruim ou péssimo” ficaram empatados em 30%. O levantamento foi conduzido entre os dias 1º e 5 de dezembro.
Gleisi também aproveitou a ocasião para mencionar as críticas do partido ao Centrão, grupo político que estabeleceu aliança com o governo, principalmente em pautas econômicas.
O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, presente no evento, anunciou a estratégia do governo Lula para conquistar os 30% da população que considera seu terceiro mandato como “regular”. A meta, segundo Pimenta, é abrir diálogo com esse público, conforme indicado por pesquisa Datafolha que mostrou 38% de aprovação ao governo, 30% de avaliação “regular” e 30% de avaliação “ruim ou péssimo”.
Paulo Pimenta apresentou uma ferramenta da Secom que fornece dados sobre beneficiários de programas governamentais, como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, por cidade. O ministro revelou também inserções publicitárias em diversos meios para destacar as ações do governo.
Durante o evento, Haddad reconheceu os desafios na agenda econômica e destacou as dificuldades no Congresso para a aprovação de medidas fiscais. O governo busca aprovar um pacote para aumentar a arrecadação e realizar ajustes fiscais.
Apesar dos obstáculos, a equipe econômica mantém uma projeção de 3% de crescimento do PIB, enquanto Haddad ponderou sobre a desaceleração prevista para o ano seguinte após o resultado do terceiro trimestre, avaliado como “fraco”.