O Google decidiu fechar um acordo para evitar um processo bilionário após admitir ter rastreado milhões de usuários que acreditavam estar navegando de maneira privada na internet.
Segundo ação coletiva aberta nos Estados Unidos, os aplicativos da empresa permitiam monitorar atividades, mesmo com o navegador Chrome no modo anônimo ou privado.
Em agosto, o porta-voz da big tech, Jose Castaneda, afirmou que a empresa discordava veementemente dos argumentos da acusação.
De acordo com a agência Reuters, Castaneda disse que o modo anônimo no Chrome proporciona ao usuário a opção de navegar na internet sem que sua atividade seja salva no navegador ou dispositivo. E que a empresa deixa claro que, toda vez que uma aba anônima é aberta, os sites têm a capacidade de coletar informações sobre a atividade de navegação durante a sessão.
O julgamento da ação coletiva estava previsto para ocorrer em fevereiro de 2024, mas foi suspenso na quinta-feira (28) depois que os advogados do Google e dos consumidores informaram ter chegado a um acordo preliminar.
Os autores do processo afirmaram que essa prática transformou o Google em uma “coletânea incontrolável de informações”, permitindo à empresa acesso a detalhes sobre seus amigos, hobbies, comidas favoritas, hábitos de compras e “coisas potencialmente embaraçosas” que procuram online.
Os termos do acordo não foram divulgados, mas os advogados esperam apresentá-lo para aprovação judicial até 24 de fevereiro de 2024. O processo pedia uma indenização de no mínimo US$ 5 bilhões.