O Google assinou um acordo com o governo cubano, dando a usuários de internet um acesso mais rápido e expandido a seu conteúdo.
O acordo permite aos cubanos acesso rápido à rede Google Global Cache, que armazena conteúdo como Gmail e YouTube em servidores mais próximos dos usuários.
Em um país onde o acesso público à internet é limitado por hot sposts de wi-fi caros e lentos, não se sabe como o acordo irá na verdade impactar o serviço no curto prazo.
“As telecoms e maior conectividade à internets têm sido pilares na nova política americana em relação a Cuba, e o país desenvolveu sua própria estratégia nacional para levar um acesso ampliado a seus cidadãos”, disse à NBC Alana Tummino, diretora-sênior da Americas Society/Council of the Americas, e chefe de seu Cuba Working Group.
As empresas têm de trabalhar muito para se tornarem confiáveis aos olhos das autoridades cubanas, e o acordo sinaliza a chegada de outras delas. O Google criou com sucesso esta ponte com muitas visitas à ilha, e ao mesmo tempo ganhando uma compreensão melhor do mercado, segundo Tummino.
“É claro que não vamos ver amanhã cubanos andando grudados a seus smartphones. Há um longo caminho para o desenvolvimento de um mercado de telecomunicações em Cuba, mas este é um passo positivo na direção de criar maior conectividade e acesso”, afirmou ela.
Barack Obama fez do acesso à internet uma parte central de seus esforços de normalizar relações com Cuba, na nova política anunciada há dois anos. Mas até o momento o país vinha oferecendo resistência a permitir que companhias americanas cabeassem o país, mencionando questões de segurança nacional. Apenas 3.4% de lares cubanos tinham acesso ou de intranet ou internet no ano passado, de acordo com uma agência da ONU.
Snapchat vence na guerra para conquistar jovens adultos
Há trinta anos, surgia um fenômeno voltado exclusivamente ao público jovem, a MTV. Muita coisa mudou de lá para cá. Hoje estamos totalmente mergulhados na era da mídia social, e se o Facebook fez disso uma coisa global, uma empresa diferente agora é o árbitro do que é cool: Snapchat, app co-fundado há cinco anos por Evan Spiegel, que havia abandonado a faculdade.
É uma rede social de postagem de foto e vídeos que se auto-deletam depois de um curto período. E não é para todo mundo. O design confuso do app parece indicar que alguém está intencionalmente tentando deixar fora dele qualquer pessoa que possa ameaçar sua modernidade.
Mas se você usar e ver como funciona, vai descobrir que é a melhor maneira no mundo de chegar a jovens adultos. Se 1.2 bilhão de pessoas usam o Facebook todo dia, o Snapchat praticamente é dono da parcela da população mais cobiçada por anunciantes. “Em qualquer dia, o Snapchat alcança 41% de todas as pessoas de 18 a 34 anos nos Estados Unidos”, afirma a companhia em seu website. E quase 70% das pessoas desta faixa de idade usam o app nos EUA, segundo a Comscore.
“Pode-se garantir que estes jovens estão sempre checando seus telefones”, diz Grace Segundo, gerente sênior de marketing digital na Capitol Records, que usa o Snapchat como peça central da promoção de seus artistas.
“É muito abrangente”, afirma Gary Vaynerchuk, especialista em mídia social. “Eles vivem nesta plataforma”.
Isto pode valer bilhões. Soube-se em novembro que a empresa vai fazer sua oferta pública inicial da ações, que lhe conferiria U$ 30 bilhões de valor.
A empresa, agora baseada em Venice, na Califórnia, eventualmente chamou a atenção de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que ofereceu U$ 3 bilhões em dinheiro por ela. Spiegel recursou a oferta de 2013. O mundo da tecnologia não conseguiu descobrir se foi um lance de gênio, arrogância, ou as duas coisas.
E o Snapchat se tornou desde então um app que seria clonado pelo Facebook em dois apps, Poke e Slingshot, hoje mortos. Em agosto, o Instagram lançou o Stories, uma cópia quase exata do Stories do Snapchat, no qual as pessoas podem juntar fotos e video clips que desaparecem depois de 24 horas.
Na internet, cliques não pagam mais a conta
Em 2016, muitas empresas de mídia, como Guardian, International Business Times e Washington Post fizeram demissões significativas. Seis provedores de conteúdo da Salon quebraram.
Estas companhias podem fazer tipos diferentes de jornalismo, mas há um fator comum entre elas: dependem de publicidade digital como fonte primária de receita. Os anunciantes pagam publishers na web com base em CPMs, ou quantos milhares de impressões um anúncio recebe. Mas estes cliques não valem muito, ou não o suficiente para as pessoas manterem seus empregos.
De quem é a culpa? Por que os cliques não valem mais? Uma das respostas são o bloqueadores de anúncios. De que vale um clique para um anunciante se quem clica não é forçado a ver um anúncio? Mais de U$ 22 bilhões foram perdidos como receita por conta disso em 2015, de acordo com a PageFair.
As coisas apenas pioraram em 2016, quando 300 milhões de pessoas usaram bloqueadores em seus celulares. E as plataformas, gigantes digitais como Facebook e Google, não tornaram a situação mais fácil. “A transição de uma internet de websites para uma internet de apps móveis e plataformas sociais, o Facebook em particular, não está em curso. Já chegou”, escreveu John Herrman no New York Times em abril.
A publicidade digital é um mercado bastante grande. Em 2017, 33% do faturamento projetado dos U$ 547 bilhões de publicidade no mundo irão para empreendimentos digitais, segundo o GroupM, de gerenciamento global de investimento em mídia. Há muito dinheiro online, só que não para websites de mídia. No primeiro trimestre de 2016, Facebook e Google abocanharam 85% de todo o investimento publicitário online.