O Google começou a publicar, hoje, relatórios de transparência sobre anúncios políticos em suas plataformas.
Até agora, R$ 1,12 milhões, 91% utilizados na publicação de vídeos.
O site “Brasil Paralelo”, de orientação olavo-bolsonarista é o líder disparado de gastos com veiculação, com R$ 368 mil, cerca de um terço do total seguido do PSDB.
Lula e o PT não aparecem na lista dos que estão pagando por publicidade nas redes, exceto numa “carona” da propaganda de Marcelo Freixo, aliás um desastre de marketing.
Mas Ciro Gomes, através da Newsletter Digital Voz do Brasil, também investiu em promoção via anúncios do Google, boa parte deles atacando Lula.
É praticamente impossível verificar o valor exato destes gastos e sua regularidade, porque os anúncios podem ser veiculados comercialmente fora da plataforma Google, na qual, quando um site (como este blog) se inscreve para conseguir uns trocados que lhe permitam sobreviver, não tem controle sobre os anúncios que aparecem para o leitor, por são os perfis dele, apurados pelo Google, que determinam que peças comerciais aparecerão nas visualizações.
É insuficiente, portanto, a iniciativa do Google, mas é um passo importante na transparência destes gastos de campanha que, a meu ver, deveriam ficar restritos a seus perfis nas redes sociais, não podendo receber veiculação paga ou impulsionamento via insights.
Seria coerente com o entendimento do TSE de que a internet é um meio de comunicação social, tal como TV, rádio e outdoors (onde a veiculação é restrita á propaganda eleitoral gratuita) ou, no mínimo, onde há limitações de prazo, espaço e formato, além da identificação clara de pagante e valor.
Publicado originalmente no site Tijolaço