Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentará novos reveses jurídicos apenas mais adiante. No final do último mês, ele se tornou inelegível por 8 anos após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com informações da colunista Carolina Brígido, do UOL, um integrante do governo do presidente petista disse que o ex-mandatário será “um galo cozido em fogo brando: lentamente, mas com constância”. Em outras palavras, as investigações em relação a Bolsonaro continuam, mas as punições viriam mais para frente.
Aliados de Lula também avaliam que “é só uma questão de tempo” para outras punições atingirem Bolsonaro e pessoas no seu entorno. Vale destacar que há ainda outras 15 ações contra o ex-chefe do Executivo que aguardam julgamento no TSE e apuram abusos cometidos na última campanha eleitoral.
O relator das ações, ministro Benedito Gonçalves, pretende colocar em pauta outras ações até novembro, quando deixará o posto de corregedor da Justiça Eleitoral. A mesma punição pode ser aplicada a outras 70 pessoas investigadas nas mesmas ações contra Bolsonaro.
No Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-capitão é alvo de cinco inquéritos. Em um deles, ele é investigado por suposta interferência indevida nas atividades da Polícia Federal (PF). Em outro, é suspeito de ter vazado dados sigilosos de investigação da PF. Além desses, o ex-presidente também está no inquérito que apura os atos terroristas de 8 de janeiro.
O TSE, por 5 votos a 2, condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O tribunal, no entanto, ordenou que a decisão fosse remetida ao TCU, à PGR e ao STF para avaliação de possíveis prejuízos aos cofres públicos e consequências no âmbito criminal.