Existem apenas seis agentes da Força Nacional na região onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips desapareceram. A Terra Indígena do Vale do Javari é marcada pelo tráfico de drogas, pesca e madereira ilegal ganhou atenção. O número de patrulheiros enviados pelo governo federal para o patrulhamento é muito baixo comparado a área de 85 mil quilômetros quadrados. Além disso, foram rejeitadas todas as solicitações da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) para novos agentes.
A região fica na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, onde há cartéis de drogas de Miami, Medellín e Sinaloa. As principais comunidades ribeirinhas dos rios Itaguarí e Javari afetadas pelo tráfico são São Rafael, de São Gabriel e de Ladário. A região é de floresta densa de 213 mil km². Além disso, entre as cidades que fazem fronteira entre os três países, o controle é pequeno, além da quase inexistência de notas fiscais, dessa forma os esquemas de tráfico se misturam com os dos comerciantes, atravessadores, pescadores, caçadores e políticos locais. políticos locais. Há três cartéis internacionais.
O envio de seis homens ao Vale do Javari foi autorizado em dezembro de 2019 pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. De acordo com a Fundação Nacional do Índio, (FUNAI), os agentes da Força Nacional estão apenas em um dos quatro postos na área do Javari. A região é uma das que receberam o menor efetivo entre as operações no controle de conflitos em reservas indígenas. São dez ao todo.
“O Brasil não pode tolerar um Estado paralelo na Amazônia, que pratica crimes como tráfico de armas e de drogas, desmatamento e garimpos ilegais, além de atentados aos indígenas”, presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que afirmou que o Senado irá ajudar com o enfezamento do crime na região.
Ex-governador do Amazonas, o senador Omar Aziz (PSD) também se pronunciou a respeito e declarou que os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e da Defesa, Paulo Sérgio, devem ser chamados a dar explicações.
Em relatório enviado para a própria Força Nacional, ao MP e à Polícia Federal pela Univaja, pede a presença de agentes para combater invasões, ataques de armas de fogo e pesca ilegal por parte de homens que agora são suspeitos pelos desaparecimentos