Governo Bolsonaro derruba um presidente da Petrobras a cada 10 meses

Atualizado em 9 de julho de 2022 às 21:07
O tempo de duração dos presidentes da Petrobrás é o terceiro menor da história
Presidente Jair Bolsonaro (PL) com logo da Petrobras de fundo
Foto: Reprodução

Recentemente, mais um presidente da Petrobras deixou o cargo de presidência da estatal, no fim de junho. No governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), a média de permanência dos presidentes da petrolífera é a terceira pior desde a criação da estatal, em 1953. O tempo médio de duração de um executivo na empresa nos últimos três anos, é de apenas 10 meses.

Com isso, o governo atual só perde para as gestões de João Goulart e Fernando Collor, os quais ambos não terminaram seus mandatos. A média de permanência em seus governos era de 9 meses e 6 meses. O levantamento foi feito pelos cientistas políticos Alessandro Tokumoto e Luiz Domingos, em parceria com o Observatório Social do Petróleo (OSP).

Desde o início do governo do presidente em 2019, a Petrobras teve o total de 5 presidentes, sendo Caio Paes de Andrade, o quinto, que foi aprovado pelo conselho da empresa no último dia 27.

No governo Bolsonaro, a estatal já foi presidida por José Mauro Coelho, pelo general Joaquim Silva e Luna, pelo economista Roberto Castello Branco e também por Fernando Borges, que foi presidente interino.

As mudanças aconteceram principalmente pela insatisfação com a alta dos preços dos combustíveis e os conflitos direto com o Palácio do Planalto.

Caio Paes de Andrade foi secretário de desburocratização do Ministério da Economia. Já Fernando Borges assumiu o cargo em 20 de junho e permaneceu no comando da estatal até a concretização da indicação de Caio Paes de Andrade.

José Mauro Coelho é graduado em química industrial, com mestrado em engenharia dos materiais e doutorado em planejamento energético e deixou o cargo pressionado pelo governo após reajuste de preços do diesel e da gasolina.

Joaquim Silva e Luna é militar e tomou posse em abril de 2021. Ele permaneceu no posto até março deste ano, sendo demitido em abril deste ano por ter seguido a lógica de mercado para definição dos preços dos combustíveis.

Já Roberto Castello foi o primeiro a assumir o cargo no governo de Bolsonaro. Foi indicado logo após as eleições de 2018 e permaneceu no cargo até fevereiro de 2021, quando foi demitido por Bolsonaro, que alegou estar insatisfeito com os reajustes nos preços de combustíveis.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link