Governo Bolsonaro excluiu 165 publicações na conta oficial do Palácio do Planalto no Twitter nos últimos sete dias (de sábado passado a ontem). Na média, é como se fossem mais de 23 diariamente, diz reportagem de Melissa Duarte no Globo.
Essa ação ocorre dias depois de a Justiça Federal vedar postagens que realizem promoção pessoal ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dados são do Projeto 7c0, que monitora e arquiva tuítes de cerca de 600 perfis entre políticos e órgãos do governo. A ferramenta automatizada testa todos se houve conteúdos apagados e elabora um ranking, liderado em disparada pelo Planalto na última semana.
Em seguida, vem o assessor da Presidência da República Filipe G. Martins, com 97 tuítes apagados. Deputados federais Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (União-SP) empatam na terceira colocação, com 26.
Para se enquadrar como promoção da figura pessoal do presidente, a Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) listou “publicações com fotografias do atual Presidente Jair Bolsonaro; imagens destacadas e iluminadas de sua fotografia; citações literais de falas em defesa pessoal e de ideias políticas, e postagens com marcação do perfil pessoal do Presidente” na ação.
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Decisão que afeta a Bolsonaro
A decisão judicial vale não só para a conta do Planalto, mas também de outros órgãos oficiais do governo, como a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).
Não é possível afirmar, contudo, que todos os tuítes apagados pelo Planalto façam promoção da figura pessoal do presidente.
Do total de publicações, 72 continham imagens e/ou outras mídias e 19 mencionavam o perfil oficial de Bolsonaro. Além disso, o conteúdo inclui falas de Bolsonaro ou de ministros que exaltam a figura do presidente.
Quem desiste primeiro?
— DCM ONLINE (@DCM_online) February 25, 2022