O governo avançou nas investigações sobre a fraude no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), revelando informações cruciais sobre os perpetradores do esquema. Segundo fontes próximas às investigações, uma pessoa envolvida já foi identificada, enquanto há suspeitas de conluio com outro investigado no caso.
De acordo com apurações do jornal O Globo, a fraude teve como base a obtenção ilegal de senhas diversas, possibilitando a manipulação do sistema e a realização de pagamentos simulados. Os criminosos utilizaram uma série de CPFs de indivíduos supostamente credores, desviando parte dos recursos, que possivelmente foram transferidos para o exterior.
O montante do prejuízo aos cofres públicos já alcança a marca de pelo menos R$ 3,5 milhões. A revelação desses números foi feita pelo programa Conexão GloboNews e corroborada pelo jornal. A investigação, conduzida pela Polícia Federal em conjunto com o Tesouro Nacional, conta com o acompanhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Há fortes indícios de que a fraude tenha ocorrido nas dependências do Ministério da Gestão, com a realização de diversas operações ilegais. Nesse sentido, o valor total desviado ainda está sob apuração. Apesar do montante significativo desviado, o governo descarta que o impacto sobre o resultado fiscal seja substancial.
Para a autorização dos pagamentos, são exigidas senhas de no mínimo três indivíduos. Uma senha é necessária para solicitar o pagamento, outra para autorizá-lo e uma terceira para aprovação final do processo.
As investigações já identificaram pelo menos 16 senhas usadas de forma fraudulenta, com tentativas de realizar pagamentos a mais de 200 credores falsos.