Governo explica por que Lula vai a Cuba e aos EUA

Atualizado em 15 de setembro de 2023 às 12:42
Presidente Lula (PT), em viagem. Foto: reprodução

O presidente Lula (PT) seguirá em agendas internacionais nos próximos dias. Nesta sexta-feira (15), o primeiro destino é Havana, capital de Cuba, onde o principal objetivo é a participação na cúpula do G77+China, um grupo de países em desenvolvimento, criado em 1964, para fortalecer as relações fora do eixo dos países no centro da economia mundial.

A segunda parada do presidente será Nova York, nos Estados Unidos, onde ele manterá a tradição e fará o primeiro discurso na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (19). Veja a nota da Secretaria de Comunicação Social (Secom) sobre o itinerário de Lula:

Por que o presidente vai a Cuba

O Presidente da República do Brasil participará, nos dias 15 e 16 de setembro, em Havana, da Cúpula do G77 + China. O encontro terá como tema: “Os desafios atuais para o desenvolvimento: o papel da ciência, da tecnologia e da inovação”. Importantes demandas dos países em desenvolvimento serão discutidas na Cúpula, incluindo questões econômicas e financeiras, necessidade de cooperação e transferência de tecnologia, além do imperativo da erradicação da fome e da pobreza.

O Grupo dos 77 + China congrega países em desenvolvimento que buscam meios para articular e promover seus interesses econômicos coletivos e aumentar sua capacidade de negociação conjunta em todas as principais questões econômicas internacionais no sistema das Nações Unidas, além de promover a cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento.

Foi criado em 15 de junho de 1964 por 77 países em desenvolvimento signatários da “Declaração Conjunta dos 77 Países em Desenvolvimento”, emitida ao final da primeira sessão da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) em Genebra.

A primeira grande reunião do G77 foi em Argel, em 1967, onde foi adotada a Carta de Argel.

O grupo foi fundamental para que a Assembleia Geral das Nações Unidas adotasse, em 1974, a “Declaração para o Estabelecimento de uma Nova Ordem Econômica Internacional”, contendo uma série de propostas defendidas pelos países em desenvolvimento no sentido de reverter sua dependência econômica em relação aos países desenvolvidos.

Embora os membros do G77 + China contemplem, atualmente, 134 países, o nome original foi mantido devido ao seu significado histórico. Em 12 de janeiro deste ano, Cuba assumiu a presidência do G77 + China para o ano de 2023. Em janeiro de 2024, Uganda assumirá a presidência do G77 + China e realizará a próxima cúpula do grupo em Kampala, entre 21 e 23 de janeiro de 2024.

Depois da Cúpula do G77 + China, o presidente viaja para os Estados Unidos, onde fará o discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na terça-feira, 19/9. Desde os princípios da ONU, no fim dos anos 1940, por tradição cabe ao governo brasileiro fazer a primeira fala da Assembleia Geral.

Logo do grupo G77. Foto: Reprodução
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