Governo intensifica ofensiva contra Israel em Haia durante crise diplomática; entenda

Atualizado em 20 de fevereiro de 2024 às 17:40
O presidente Lula e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Abir Sultan/Reuters

Além de descartar uma retratação, o governo Lula decidiu participar da ofensiva contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia. O Palácio do Planalto orientou que seu corpo diplomático reprovasse a política do governo israelense sobre territórios palestinos.

O tribunal analisa, a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU), a legalidade das ocupações de Israel em territórios palestinos por meio de assentamentos, como na Cisjordânia. Nesta terça (20), a diplomata Maria Clara de Paula Tusco, que representa o Brasil na CIJ, manifestou a posição do país no caso.

“A ocupação de Israel dos Territórios Palestinos, persistente desde 1967 em violação ao direito internacional e a numerosas resoluções da Assembleia Geral da ONU e do Conselho de Segurança, não pode ser aceita, muito menos normalizada pela comunidade internacional”, afirmou a representante.

Para diplomatas brasileiros, a política de ocupação israelense impõe uma espécie de apartheid, gerando segregação aos palestinos.

Audiência na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, que analisa representação contra Israel. Foto: Reprodução

Além da representação analisada pela CIJ, o governo brasileiro também endossou uma denúncia da África do Sul que acusa Israel de genocídio. Em janeiro, o Palácio do Planalto afirmou que há “flagrantes violações ao direito internacional humanitário” na guerra contra o Hamas.

No mesmo mês a corte iniciou a análise da denúncia e determinou que Israel adote medidas para prevenir atos de genocídio na Faixa de Gaza. O tribunal não se manifestou sobre o tema central da denúncia: um pedido de suspensão imediata das operações militares israelenses na região.

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