A primeira-dama, Janja da Silva, optou por manter a Polícia Federal (PF) como parte do contingente de sua segurança pessoal, mesmo após a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de devolver a segurança presidencial ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
No último sábado (1), Janja esteve no treinamento da seleção brasileira de futebol feminino, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, e, no domingo (2), participou das comemorações da Independência da Bahia, em Salvador. Em ambos os eventos ela estava protegida por agentes da PF.
A mudança sugerida por Lula, anunciada na última quarta-feira (28), prevê um modelo híbrido, composto por militares, policiais civis e integrantes da PF, para compor a segurança presidencial. O presidente e o vice, Geraldo Alckmin, poderão escolher os policiais que integrarão suas equipes.
A equipe responsável pela segurança de Janja desde janeiro é formada por agentes federais e integrantes da Força Nacional. A formação de sua equipe busca equidade entre homens e mulheres. A tendência é que seu time de segurança não sofra alterações significativas por já estar entrosado, ter um convívio com a primeira-dama e por ser composto também por agentes femininas.
Não há, porém, uma definição sobre qual será o formato definitivo do grupo que permanecerá com ela, já que o Planalto vive uma espécie de transição da proteção presidencial.
As regras do novo modelo ainda estão sendo construídas e não foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Procurada, a assessoria de imprensa da primeira-dama afirmou que não irá comentar questões de segurança.
Nos bastidores, GSI e Polícia Federal disputaram o comando da segurança presidencial. O novo modelo escolhido pelo atual chefe de estado brasileiro desagradou policiais federais, que não queriam estar subordinados ao comando militar.