A Argentina apresenta uma alarmante taxa de pobreza: 57%, de acordo com recente pesquisa, refletindo a luta de milhões de pessoas para sobreviver em meio à inflação de três dígitos. O ultradireitista Javier Milei vale-se de medidas de austeridade fiscal agressivas e descompromissadas com a população para tentar reduzir a média de 250% de inflação mensais.
As políticas do novo governo incluem redução do tamanho do Estado, cortes de subsídios e reformas nos programas de bem-estar social. Embora essas medidas tenham conquistado apoio nas últimas eleições, as comunidades carentes argentinas estão sofrendo cada vez mais com essa radicalização.
Milei comprometeu-se a alcançar equilíbrio fiscal neste ano, seguindo um déficit de cerca de 3% no ano anterior, uma iniciativa que recebeu uma resposta positiva dos mercados e angariou apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os cortes de gastos propostos por Milei já estão gerando diversos protestos e greves, com manifestantes expressando preocupação com o aumento dos custos de transporte e demais impactos das privatizações.
Milei argumenta que as reformas são necessárias para estabilizar a economia, prometendo um equilíbrio fiscal este ano. No entanto, os argentinos enfrentam uma realidade difícil, com muitos incapazes de satisfazer suas necessidades básicas.
As ONGs do país relatam uma redução no fornecimento de ajuda alimentar nos últimos meses e mais pessoas recorrendo a refeitórios populares devido aos crescentes custos dos alimentos.