Governo rebate Michelle e culpa gestão Bolsonaro por morte de carpas no Alvorada

Atualizado em 9 de fevereiro de 2023 às 23:44
Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Após acusar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser o responsável pela morte das carpas no espelho d’água no Palácio da Alvorada, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República rebateu nesta quinta-feira (9) as acusações feitas pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Segundo a Secom, a limpeza mais recente realizada no espelho d’água foi iniciada em 27 de dezembro de 2022 e finalizada no dia 2 de janeiro deste ano.

O então coordenador-geral de Administração das Residências Oficiais do governo, Francisco de Assis Lima Castelo Branco, foi o responsável por contratar e autorizar uma empresa terceirizada para realizar o serviço. Francisco foi exonerado do cargo no dia 5 de janeiro de 2023.

Na última quarta-feira (8), Michelle disse nas redes sociais que a limpeza teve início no dia 2 de janeiro, “portanto, após nossa saída do Palácio”. “Houve relatos de que, no dia 10/1, peixes começaram a morrer. Portanto, toda operação de retirada dos peixes e limpeza do espelho d’água ocorreu muito depois de nossa saída da residência”, escreveu.

Segundo o Palácio do Planalto, em 2022, cerca de 70 carpas viviam no espelho d’água. Atualmente, menos de dez ainda estão vivas.

Leia na íntegra a nota da Secom:

“Nota da Secretaria de Comunicação Social sobre as carpas no espelho d’água do Palácio da Alvorada

A limpeza do espelho d’água do Palácio da Alvorada foi realizada ainda durante a gestão do governo Bolsonaro, iniciada no dia 27 de dezembro de 2022 e concluída no dia 2 de janeiro de 2023.

Francisco de Assis Lima Castelo Branco, então coordenador-geral de Administração das Residências Oficiais, deu uma ordem para a empresa terceirizada realizar o serviço.

Francisco ordenou a retirada integral da água do espelho d’água para que fosse realizada a limpeza do local e retirada de objetos.

Nesse contexto, a maioria das carpas que viviam ali acabaram morrendo em função da baixa oxigenação da água e também por causa do transporte para colocação no reservatório secundário.

Do total de carpas mortas, cinco foram enterradas entre os Palácios do Jaburu e do Alvorada, em uma área verde. Em 2022, cerca de 70 carpas viviam no espelho d’água. Atualmente, menos de dez ainda estão vivas.

Sobre a retirada de moedas, informamos que as informações não são claras, já que a antiga administração do palácio não faz mais parte da equipe de governo e a gestão atual não tem como precisar que tipo de intervenção foi feita naquela área.

Atualmente, há pouquíssimas moedas no espelho d’água do Alvorada. Cabe à gestão anterior explicar o que foi feito com elas.

Reiteramos que a atual gestão segue com o trabalho de manutenção predial do Palácio, mesmo após a mudança do presidente da República para o local.

A falta de manutenção durante a gestão Bolsonaro resultou em intensa deterioração do Alvorada.”

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