O secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, afirmou nesta segunda-feira (1) que o Ministério da Justiça irá emitir na terça-feira (2) uma medida cautelar para proibir o Google de continuar promovendo anúncios contra o PL das Fake News.
“Eles não podem emitir opinião sobre projeto de lei, sobre voto. Não podem. Estão abusando do poder econômico”, disse o secretário à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Damous ainda afirmou ser favorável à regulamentação das redes sociais e criticou a atuação das big techs. “É uma lacuna no Marco Civil da Internet. Elas não podem continuar com essa semi-responsabilidade. Elas ganham dinheiro com isso, com essa publicidade”, disse.
A empresa está promovendo uma ofensiva contra o Projeto de Lei 2630/20, que deve ser votado nesta terça-feira, e assim influenciar a opinião pública e os parlamentares que decidirão a matéria.
Quem acessou o Google hoje se deparou com um link embaixo da caixa de busca com a seguinte mensagem: “O PL das Fakes news pode piorar sua internet” e “aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. O link direciona o usuário para uma publicação da plataforma com inúmeras críticas ao projeto.
Em nota, a plataforma disse que as “alegações não correspondem à realidade”. “Como fica comprovado pelo fato de os links para o Blog do Google, por exemplo, também estarem bem-posicionados em ferramentas de pesquisa de concorrentes”, declarou.
“Não alteramos manualmente as listas de resultados para determinar a posição de uma página específica. Nossos sistemas de ranqueamento se aplicam de forma consistente para todas as páginas da web, incluindo aquelas administradas pelo Google”, acrescentou.