Uma das pessoas que estiveram no apartamento de Lula depois da operação da Polícia Federal na sexta-feira, dia 4, contou ao DCM que um grampo foi encontrado no sofá.
O dispositivo de escuta foi localizado após uma varredura no imóvel — algo realizado com frequência tanto na casa em São Bernardo do Campo quanto no Instituto Lula, no bairro do Ipiranga.
Não se sabe a procedência do grampo, quando exatamente ele foi instalado e se é legal — ou seja, autorizado por um juiz.
O delegado responsável pelo procedimento afirmou, em despacho para Sergio Moro, que bateu à porta do ex-presidente às 6h da manhã com um mandado de busca e apreensão e que a entrada dos agentes foi autorizada por Lula.
Luciano Flores escreveu que sugeriu a Lula que eles saíssem o mais rápido possível, “antes da chegada de repórteres” — como se os jornalistas não tivessem sido avisados na véspera e não estivessem de plantão.
Na segunda, dia 7, o Instituto Lula mostrou à imprensa alguns dos sinais da visita da PF: caixas reviradas e uma porta arrombada, cuja chave estava com uma funcionária.
“Bastava ter pedido”, afirmou o diretor da instituição, Celso Marcondes.