O economista Pedro Menezes utilizou suas redes sociais para publicar informações sobre os benefícios concedidos às empresas jornalísticas pela desoneração da folha de pagamento, projeto que teve sua prorrogação vetada por Lula nesta quinta (23).
Pedro contou que as empresas não informaram o público sobre esses benefícios ao cobrir o tema. Ele conta que as instituições que não expunham a situação feriam o Código de Ética Jornalística.
O economista revelou que a lei 334/2023, vetada por Lula, menciona explicitamente que o benefício vale para “as empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens”. O texto também aponta quais empresas eram beneficiadas, através de seus códigos no CNAE (Classificação Nacional de Atívidades Econômicas).
Os principais veículos jornalísticos do país estão entre os beneficiados pela desoneração. Pedro utiliza o exemplo da Folha e do Globo, localizados em uma simples pesquisa utilizando seus códigos CNAE.
A prorrogação da desoneração, vetada por Lula sob críticas de quase todos os jornalistas e veículos da imprensa tradicional, custaria cerca de R$ 19 bilhões somente em 2024, segundo cálculos da Ryo Asset a pedido do Poder360.
O economista critica as matérias jornalísticas que noticiaram o veto de Lula e não revelaram a maneira como o projeto beneficiava a própria empresa. Segundo o Código de Ética Jornalística, os profissionais da área devem priorizar o interesse público acima do privado e evitar assuntos que afetem seus interesses próprios.
Pedro apontou que, mesmo com muita busca, não encontrou um veículo sequer que explicasse ao público como a desoneração amparava as instituições. Ele também alerta que ficará atento às matérias que possam ser editadas após a exposição das novas informações citadas por ele.