Neste sábado (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou aos Emirados Árabes Unidos para firmar parcerias com os países da comunidade árabe. A intenção da viagem é resgatar relações que ele teve em seus dois primeiros mandatos.
Antes de sair da China, na sexta-feira, Lula falou da importância da ida: “vou passar em Abu Dhabi. Vamos ter que assinar um importante acordo de investimento no Brasil e domingo estaremos todos juntos no Brasil”, afirmou o presidente.
Em terras árabes, Lula foi recebido pelo xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan com um banquete. Atualmente, já há um acordo de facilitação de investimentos dos Emirados que prevê a não bitributação de capitais investidos por agentes financeiros em ambos territórios, mas o Congresso brasileiro ainda precisa aprovar.
O pacto tende a permitir que fundos de lá façam investimentos nos setores de infraestrutura e energia. Os Emirados Árabes já é o maior investidor no Brasil entre os países daquela região, e os valores já superam os US$ 10 bilhões. O dinheiro vem, principalmente, de dois fundos: a Mubadala Development Company e a Abu Dhabi Investment Authority (ADIA).
Enquanto as empresas de Mubadala contam com investimentos nos setores de infraestrutura, mineração, imobiliário, entretenimento e educação, a ADIA tem aquisições de ações com interesse no setor imobiliário e hoteleiro.
No entanto, a via é de mão dupla, pois cerca de 30 empresas brasileiras estão presentes nos Emirádos Árabes, como Vale, Itaú, BRF, JBS, Odebrecht, Copacol, Marcopolo, WEG, Embraer e Tramontina, entre outros, afirma o governo do Brasil.
Em 2022, o país parceiro foi o principal destino de exportações entre os países da Liga dos Estados Árabes. Um total de venda que superou os US$ 3,25 bilhões, uma alta de 39,8% sobre as receitas de 2021. Carnes bovina e de frango, açúcar, ouro, pastas químicas de madeira e até petróleo são os principais produtos vendidos pelas empresas brasileiras.
Os Emirados Árabes têm 10 milhões de habitantes, e parte de suas importações são destinadas para reexportação e turismo, o principal motor econômico, gerando mais receita que a exportação de petróleo, e representa 17% do PIB dos emirados.