Greenwald: apartamento de Caetano é bunker da esquerda onde “servos” dão “vinho e maconha”

Atualizado em 12 de outubro de 2024 às 22:16
Caetano Veloso, Glenn Greenwald e o falecido David Miranda em protesto no Rio quando o americano era “de esquerda”

O jornalista americano Glenn Greenwald, um dos maiores propagandistas da extrema-direita no mundo e com ligações a empresários que apoiam Donald Trump, contou em fofoca ao podcast Flow que o apartamento do casal Caetano Veloso e Paula Lavigne, no Rio de Janeiro, funciona como uma espécie de bunker da esquerda.

“Tudo está centralizado lá”, afirmou Greenwald na sexta-feira (11). “Não tem como ganhar uma eleição no Rio sem ir lá.”

Greenwald comentava a ascensão da direita no Brasil e no mundo, enquanto a esquerda, segundo ele, vem perdendo representatividade. Para o jornalista, isso ocorre porque os porta-vozes do “progressismo” são figuras da elite, desconectadas da realidade do país.

“Quando você entra no apartamento, é um duplex enorme”, disse Greenwald. Ele mesmo costumava frequentar o local com seu ex-companheiro, David Miranda (PSOL), que foi vereador no Rio de Janeiro e, mais tarde, deputado federal pelo Estado. Miranda morreu em maio de 2023.

“Quem mora no andar de cima é a família Marinho, dona do império da Globo. Tem servos invisíveis trabalhando por trás de uma parede. Além disso, dois assistentes estão sempre enchendo o copo de vinho e [servindo] maconha”, afirmou.

Greenwald também relatou que diversas celebridades visitam o apartamento de Caetano Veloso. “Em meio a tudo isso, eles discutem sobre o que precisamos fazer pelas comunidades e favelas”, disse.

Herói dos bolsonaristas, Greenwald fez uma série de matérias na Folha contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, precocemente encerrada por inconsistência e picaretagem. Apresenta um programa no Rumble, rival do YouTube, em que se dedica, principalmente, a detonar obsessivamente a candidatura da democrata Kamala Harris à presidência dos EUA.

Também se tornou talvez o defensor mais barulhento do X, do golpista Elon Musk, em cujo saco vive pendurado. O Rumble procura atrair produtores de conteúdo que espalham fake news, divulgam teorias conspiratórias, defendem negacionismo científico e fazem apologia ao nazismo.

Nada disso é de graça, claro. Greenwald pessoalmente negociou para trazer o Rumble ao Brasil e intermediou a contratação do influenciador fascista Monark. O Rumble saiu do país em dezembro de 2023 alegando “censura”. Segundo o criador Chris Pavlovski, a decisão foi tomada por discordâncias com a Justiça brasileira, que ordenou a remoção de conteúdo criminoso de pilantras como Rodrigo Constantino e Allan dos Santos.