Greenwald elogia ato micado de Bolsonaro chamando Moraes de “ditador”

Atualizado em 8 de setembro de 2024 às 15:03
Jornalista fundador do jornal The Intercept, Glenn Greenwald em audiência pública na Câmara dos Deputados foto Gustavo Bezerra

O jornalista Glenn Greenwald, ponta de lança da extrema-direita internacional que tem como alvo principal o ministro Alexandre de Moraes, do STF,  elogiou o comparecimento do público durante a manifestação de 7 de setembro, que aconteceu neste sábado na avenida Paulista, em São Paulo.

“Muito bom ver um grupo expressivo de manifestantes em São Paulo contra o autoritarismo geral de Alexandre de Moraes e especificamente sua medida chocante de banir o X em todo o Brasil, bem como uma medida que ele inventou para punir quem use VPN para acessá-lo”, disse ele, na rede social.

A presepada bolsonarista teve 45 mil pessoas, um quarto do público da manifestação anterior.

Bolsonaro pede impeachment de Moraes em ato

Bolsonaro em ato na Paulista. Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (7) durante manifestação golpista na avenida Paulista que deseja que Alexandre de Moraes sofra um impeachment. Ele foi categórico ao afirmar que o ministro do STF foi responsável pela “condução eleitoral” durante o pleito em que perdeu a reeleição em outubro de 2022. “Que o Senado bote freio nesse ditador”, falou.

“Eu me elegi em 2018, numa falha do sistema, quanto é verdade que a minha eleição foi investigada pela Polícia Federal em novembro de 2018”, começou o ex-presidente, em cima do trio elétrico com Silas Mafalaia, Tarcísio de Freitas e outros aliados.  No discurso, Bolsonaro contou que havia um inquérito para tirá-lo do poder mesmo após ganhar as eleições. “Não conseguiram, mas dentro desse inquérito está a verdade que nos liberta. Essa verdade tão temida pelo sistema”.

“Tão logo me reuni com embaixadores em 2022, e o ministro Alexandre de Moraes pegou esse inquérito ostensivo em confidencial […] Ninguém mais teve acesso, eu tive acesso, mas se eu falar o que eu vi, eu estaria cometendo um crime e isso que é o que ele quer”, acrescentou. “É inacreditável o que está lá”.

Em seguida, o ex-presidente afirmou que todo o processo de eleição de outubro de 2022 foi conduzido para que perdesse.

“Ela foi totalmente conduzida de forma parcial pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Eu não podia fazer live da minha casa, não podia mostrar imagens de 7 de setembro, não podia associar Lula ao ditadores. E do outro lado, eles podiam fazer, como me chamar de genocida”.

Por fim, Bolsonaro afirmou que ele deveria ter morrido no ataque de Juiz de Fora para ser culpado em morte de Marielle Franco.