O esquema de falsificação dos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua filha de 12 anos, Laura Bolsonaro, começou em uma cidade de Goiás, com o preenchimento de um simples cartão de vacinação comum, em papel.
De acordo com informações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, um médico bolsonarista da prefeitura da cidade de Cabeceiras preencheu o cartão de vacinação contra a Covid-19 para o ex-capitão, Laura, o ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, e sua mulher.
Com os cartões em mãos, o grupo tentou registrá-los no sistema eletrônico do SUS no município fluminense de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A ideia era fazer com que ele pudesse ser considerado oficial e valer, por exemplo, em viagens internacionais.
Entretanto, o lote de vacinas informado tinha sido enviado para Goiás e não para o Rio de Janeiro. Diante disso, o sistema rejeitou as informações.
Após a tentativa fracassada, Mauro Cid e seus ajudantes começaram a trocar mensagens. Foi por conta dessas mensagens que a PF apurou que foi preciso conseguir um outro número de lotes de vacinas, este do Rio, para fazer o registro.
De acordo com a corporação, após o grupo conseguir registrar os cartões de vacinação e torná-los oficiais, eles baixaram os arquivos, imprimiram os cartões e os apagaram do sistema. A PF, por sua vez, só descobriu a adulteração após ter acesso às mensagens de Cid e fazer uma perícia no sistema.