Guardião das joias de Bolsonaro, Piquet foi o maior doador da campanha do ex-presidente em 2022

Atualizado em 28 de março de 2023 às 15:55
Jair Bolsonaro e seu chofer, Nelson Piquet
Jair Bolsonaro e seu chofer, Nelson Piquet, durante ato em 7 de setembro de 2021. Foto: Reprodução

Guardião dos presentes de Jair Bolsonaro, incluindo as joias recebidas da Arábia Saudita, o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet foi o maior doador da campanha do ex-presidente em 2022. Cabo eleitoral do ex-capitão derrotado nas eleições do ano passado, ele investiu R$ 501 mil, em agosto, na reeleição de Bolsonaro.

O valor foi a maior doação de pessoas físicas recebida por Bolsonaro durante a disputa. No mesmo mês, a empresa Autotrac Comércio e Comunicações, que pertence a Piquet, recebeu cerca de R$ 6,6 milhões do governo por um contrato assinado em 2019 com o Ministério da Agricultura, sem licitação.

O dinheiro doado também foi usado para pelo juiz Pedro Matos de Arruda, da 20ª Vara Cível de Brasília, para determinar o valor de uma indenização por falas racistas e homofóbicas contra Lewis Hamilton, piloto de Fórmula 1.

O magistrado levou em consideração que a Justiça Eleitoral limita contribuições para campanhas eleitorais a 10% dos rendimentos brutos do doador. Por isso, o magistrado considerou que ele teria arrecadado mais de R$ 5 milhões em 2021.

“Considerando que o réu se propôs a pagar mais de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para ajudar na campanha eleitoral de um candidato à presidência república, objetivando certamente a melhoria do país segundo as suas ideologias, nada mais justo que fixar a quantia de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) – que é o valor mínimo de sua renda bruta anual – para auxiliar o país a se desenvolver como nação e para estimular a mais rápida expurgação de atos discriminatórios”, determinou o juiz.

O ex-piloto guardou presentes recebidos por Bolsonaro em sua fazenda no Lago Sul de Brasília. Às vésperas do fim do governo, o bolsonarista recebeu diversas caixas com itens que foram dados ao ex-presidente no exterior.

Jair Bolsonaro e Nelson Piquet. Foto: Reprodução

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