Um levantamento publicado pela UNRWA, a agência da ONU para Refugiados Palestinos, na manhã desta segunda-feira (16), aponta que mais de 1 milhão de palestinos foram forçados a deixar suas casas na Faixa de Gaza, resultando em cerca de metade da população da região em situação de deslocamento.
A ONU descreveu essa situação como “calamitosa”. Nesse contexto, a falta de recursos básicos, como água e eletricidade, é generalizada, enquanto governos negociam maneiras de permitir a entrada de assistência humanitária em Gaza. No entanto, Israel busca garantias de que isso não irá fortalecer o grupo Hamas.
O relatório destaca a escala da crise humanitária, observando que, desde o início do conflito, ocorrem em média 11 mortes de palestinos a cada hora. “O número de mortos está aumentando. Não há sacos de cadáveres suficientes para os mortos em Gaza”, informou a UNRWA. . Com informações do colunista Jamil Chade, do UOL.
Cerca de 600.000 deslocados internos encontram-se na Área Central, especificamente nas cidades de Khan Yunis e Rafah, com quase 400.000 deles abrigados em instalações da UNRWA. Essa quantidade excede em muito a capacidade da agência de fornecer assistência adequada, incluindo abrigo, alimentos, água e suporte psicológico.
Mesmo após as ordens de evacuação emitidas pelas forças israelenses, um número desconhecido de deslocados internos permanece nas escolas da UNRWA no norte de Gaza, e a agência não tem mais recursos para prestar assistência ou proteção nessa região.
O relatório ressalta a existência de 127 instalações da UNRWA no norte de Gaza e na Cidade de Gaza, nas quais aproximadamente 170.000 deslocados internos estavam abrigados no momento da ordem de evacuação israelense.
De acordo com o Ministério da Saúde da Palestina, em nove dias, 2.329 palestinos perderam a vida em Gaza, com uma média de 259 mortes por dia, equivalendo a 11 mortes a cada hora. Por outro lado, o conflito causou a morte de pelo menos 1.300 pessoas em Israel, com mais de 3.621 indivíduos feridos.
O levantamento também destaca que a capacidade hospitalar em Gaza é de 3.500 leitos, e as ordens de evacuação afetam 23 hospitais na região, totalizando 2.000 leitos.
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