Nesta terça-feira (8), a ONU anunciou, em Genebra, que os conflitos na Ucrânia já fazem mais de 2 milhões de refugiados. O anúncio foi feito no momento em que corredores humanitários tentam ser estabelecidos para permitir a evacuação da população diante dos ataques russos contra cidades ucranianas.
Caminhando para se tornar a maior crise humanitária na Europa em décadas, o êxodo provocado pela guerra é considerado como um dos mais intensos já vistos em conflitos armados.
Desses 2 milhões de refugiados, pelo menos 100 mil não são ucranianos. Para as próximas semanas, já se espera um total de 5 milhões de refugiados. Hoje, o principal destino tem sido a Polônia, que já recebeu 1,2 milhão de pessoas, além de Hungria e outros países da região. Mais de 90 mil pessoas também cruzaram a fronteira para a Rússia.
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“Cenário apocalíptico” de guerra na Ucrânia
Para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a população ucraniana vive um “cenário apocalíptico”, principalmente em Mariupol.
De acordo com a OMS, violações do direito humanitário internacional estão ocorrendo. De acordo com a entidade, 16 estabelecimentos de saúde já foram bombardeados, com pelo menos nove mortos. No total, já são mais de 1,2 mil civis atingidos, mas a própria organização admite que o número real é “bem maior”.
“Estou profundamente preocupada com os civis presos em hostilidades ativas em numerosas áreas, e exorto todas as partes a tomarem medidas eficazes para permitir que todos os civis – inclusive aqueles em situações de vulnerabilidade – deixem com segurança as áreas afetadas pelo conflito”, apelou a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
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