Didier Raoult, médico francês que ficou conhecido como “Guru da Cloroquina” durante a pandemia de Covid-19, teve seu registro de medicina cassado. Ele foi o primeiro a defender o remédio, que não tem eficácia contra o vírus, e não poderá mais exercer a profissão a partir de fevereiro de 2025.
A decisão é do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos (CNOM), da França, que entendeu que Raoult “ultrapassou os limites da liberdade de expressão”. O médico era diretor do Instituto Méditerranée Infection (IHU) quando promoveu o medicamento. A sanção terá a duração de dois anos.
Além de defender o medicamento, o médico francês também criticou a vacinação contra o vírus e as medidas sanitárias de isolamento social. Segundo o CNOM, ele “prejudicou as medidas tomadas pelas autoridades sanitárias com o objetivo de proteger a saúde pública”.
O médico foi repreendido pela câmara disciplinar nacional da Ordem dos Médicos em 2021, mas a pena foi considerada branda demais. Ele havia sido acusado de “graves violações e descumprimento dos regulamentos para pesquisa envolvendo a pessoa humana”.
A acusação se baseou em uma investigação realizada pela ANSM (Agência Nacional de Segurança de Medicamentos) no hospital ligado à Universidade de Marselha, usado para pesquisas com a hidroxicloroquina no início da crise sanitária.
Segundo a ANSM, Raoult violou diversas regras para envolver pacientes em suas pesquisas. “As regras éticas não têm sido sistematicamente respeitadas, impossibilitando assegurar a proteção das pessoas a um nível suficiente e conforme exigido pela regulamentação”, afirmou a agência à época.
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