Há mais paulistanos de direita do que de esquerda, diz Datafolha

Atualizado em 3 de junho de 2024 às 15:19
Manifestações de esquerda e de direita na Paulista, em São Paulo. Foto: reprodução

Uma pesquisa recente do Datafolha revela que os moradores da cidade de São Paulo se identificam mais com a direita do que com a esquerda no espectro político. Segundo o levantamento realizado nos dias 27 e 28 de maio, 28% dos paulistanos se consideram de direita, enquanto 21% que se identificam como de esquerda.

Somando os que se dizem de centro-direita e de centro-esquerda, os números aumentam para 40% e 31%, respectivamente. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Os entrevistados foram convidados a se posicionar em uma escala de 1 a 7, onde 1 representa a “extrema esquerda” e 7 a “extrema direita”. A nota média obtida foi de 4,3, indicando uma leve inclinação para a direita entre os paulistanos.

Esta foi a quarta vez que o Datafolha realizou tal medição. Em abril de 2003, durante a gestão de Marta Suplicy (PT), apenas 13% se declaravam de esquerda. Esse número cresceu para 16% em agosto de 2006, sob Gilberto Kassab (PSD), e ficou em 14% em abril de 2013, durante o primeiro ano de mandato de Fernando Haddad (PT).

Em uma década, a identificação com a esquerda aumentou significativamente, atingindo os atuais 21%. Da mesma forma, a identificação com a direita subiu de 20% em 2013 para 28% atualmente, similar aos 27% de 2003.

Desde 2013, as oscilações nos campos intermediários foram menos significativas: a centro-direita passou de 14% para 12%, a centro-esquerda manteve-se em 10%, e o centro oscilou de 24% para 22%. O número de pessoas que não se posicionam politicamente caiu pela metade, de 16% para 8%. Isso manteve o índice médio constante em 4,3 ao longo da década, comparado aos 4,5 de 2003 e 4,2 de 2006, ano em que o então presidente Lula (PT) venceu a reeleição.

Apartamentos no centro de SP com bandeiras pró-Bolsonaro e pró-Lula, durante a campanha de 2022. Foto: Eduardo Knapp/Folhapress

A pesquisa também sugere que, apesar da tendência conservadora, os paulistanos são menos bolsonaristas do que a média nacional. Na capital, 19% se dizem seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto no Brasil esse número é de 24%. Em contrapartida, 31% dos paulistanos se declaram petistas, em linha com a média nacional de 30%. O segmento neutro representa 23% em São Paulo e 21% no país.

No segundo turno das eleições de 2022, Lula derrotou Bolsonaro por uma estreita margem na cidade de São Paulo, enquanto Bolsonaro venceu no estado.

O Datafolha ouviu 1.092 eleitores na capital paulista para esta pesquisa, registrada sob o código 08145/2024 na Justiça Eleitoral. Esses dados fornecem um panorama detalhado das tendências políticas na maior cidade do Brasil, destacando a predominância de uma orientação política à direita entre os paulistanos.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link